Não adiantava mais esticar a corda. Não havia nem clima, credibilidade, respeito ou confiança. As Organizações Sociais estão fora das relações com o Governo da Paraíba. Foi esta a decisão tomada pelo governador João Azevedo (Sem-partido), anunciada na antevéspera de Natal durante entrevista coletiva, fruto do resultado da Operação Calvário. João anunciou o fim dos contratos em vigor, divulgou calendário das suspensões em cada hospital e detalhou as ações que serão tomadas em relação às contratações de pessoal.
Se a decisão foi demorada, é mais fácil de atestar agora após os desdobramentos mais recentes. O fato é que ela é resultado do trabalho do Ministério Público. Ela consiste numa etapa final de que algumas medidas adotadas pelo governador desde o início do ano, a exemplo da intervenção de alguns hospitais e a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta com os Ministérios Públicos.
Deveria ter começado pelo fim? Ou seja, pela suspensão do modelo das OSs na Paraíba. Poderia. Mas, como o dia a dia dos hospitais estavam sendo tocados, não se pensou nisso. De qualquer forma, João resumiu o fato como “marco na saúde”.
Os efeitos práticos, políticos e jurídicos dessa decisão serão auferidos a partir de agora. O fato é que a Paraíba fechou a porta para OSs.