Esta foi a sessão mais prestigiada que eu já participei aqui. A frase é do vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado Felipe Leitão, ao abrir a sessão solene conjunta com a Câmara Municipal de João Pessoa para concessão dos títulos de cidadão paraibano e pessoense, bem como medalhas das duas casas, para o procurador geral do Estado, advogado Fábio Brito. Isto ao ver a Mesa da Casa e o plenário da Assembleia lotado por diversas autoridades, de todos os poderes, e segmentos da sociedade, em especial do universo jurídico, onde Fábio Brito fez carreira.
Saiu da sessão com tanta comenda no peito que, nos bastidores, foi chamado de Michael Phelps, o nadador que bateu recorde na Olímpiada de 2008, ao se consagrar o atleta com maior número de medalhas no mesmo torneio. Oito das oito provas que concorreu. Brito não nada, mas papou numa só sessão todas as principais comendas da Assembleia e da Câmara.
Acolhido pela Paraíba aos 18 anos, quando veio para estudar Direito, nunca mais deixou a terra. Fez amigos, fez família e uma carreira na advocacia repleta de sucessos. Lotou a Casa de Epitácio Pessoa porque plantou boas relações por onde passou. Conquistou respeito no meio jurídico pela capacidade de estudo e ética na atuação profissional. E o mais impressionante: fez tudo isso de forma discreta. Nunca foi de holofote. Sempre preferiu o silêncio das extensas peças jurídicas. Nas quais trabalha sempre preocupado com “prazo e prova”.
Até bem pouco tempo nem redes sociais possuía. Sempre atento a atender a imprensa quando procurado, sempre evitou estar na linha de frente dos microfones. Mesmo assim seu conteúdo transbordou e ele ficou “famoso”. Tinha gente, inclusive, que já tinha ouvido falar no nome dele, mas não sabia como era fisicamente.
Bom, o anonimato dele chegou, definitivamente, ao fim. É oficialmente paraibano. E os bons paraibanos precisam sim estar na vitrine. Inspirando os que virão depois de nós.