Engenheiro de formação e profissão, o governador João Azevedo (PSB) sabe muito bem o valor da construção de uma casa de esquina, que dá para os dois lados. Na política, no entanto, ele prefere a obra com uma só porta de entrada. E foi o que ele, com outras palavras, claro, quis passar claramente aos vereadores do PSB de João Pessoa convocados nesta terça, 6, pelo secretário geral do partido, Tibério Limeira, a seu pedido, para uma reunião na Granja Santana.
Diante de Jailma, Odon Bezerra, Edmilson Soares , Tiago Diniz, Zezinho do Botafogo e Junior Pires, estes últimos secretários municipais de Cícero Lucena, o governador declarou que não aceitará relação política com o Governo do Estado e com a prefeitura de João Pessoa. Discorreu sobre o que chamou de “rompimento” sim e deu prazo para que eles pudessem fazer suas escolhas a partir de um posicionamento único.
Chegou a dizer na reunião que os vereadores dissessem o que quisessem à imprensa após o encontro, mas que deixassem claro que ele declarou que o voto é Lucas Ribeiro para governador, nele e no prefeito Nabor Wanderley para o Senado. Sem espaços para apoios fora desse desenho. E quem optasse por ficar na prefeitura com Cícero Lucena pudesse se despedir do Governo do Estado.
Na fala, João ainda revelou muitas críticas ao prefeito Cícero Lucena, contra quem não escondeu as mágoas. Como já disse, de forma compreensível, uma vez que João esperava do ex-aliado “paz para poder ser senador”. Mencionou ainda as ajudas que o governo garantiu à gestão municipal, comprando, inclusive, insumos para a área da saúde.
Os vereadores saíram de lá com a certeza absoluta que a casa de João só tem um lado.