O ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rego Filho, é o primeiro paraibano ilustre citado pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no livro Nada menos que tudo, cujo conteúdo vazou e circulou pela internet nesta segunda-feira, antes mesmo de ser impresso e colocado à venda.
De acordo com o conteúdo que circulou, o nome de Vitalzinho aparece na página 39, no momento em que Janot conta detalhes de sua trajetória até chegar a assumir, pela primeira vez, o cargo de Procurador Geral da República.
Segundo ele, após ser comunicado pela própria presidente Dilma Roussef (PT) de que seria o escolhido da Listra Tríplice, Janot foi conversar com o senador Vital do Rego Filho, então presidente da Comissão de Constituição e Justiça, para construir sua aprovação na sabatina do Senado.
Em reunião, Janot teria dito a Vitalzinho que não iria passar mão na cabeça de político algum que cometesse algum crime. Porém não faria perseguição à toa. O senador paraibano teria gostado da conversa, e orientado Janot a conversar com senadores mais resistentes a sua indicação.
Janot diz claramente que seguiu às orientações de Vitalzinho e chegou a se reunir com os “cabeças” do PMDB no Senado. Ele foi indicado quase à unanimidade.
O livro de Janot causou o maior rebuliço no mundo jurídico e político brasileiro em razão da confissão que o ex-procurador fez de que conta na obra como foi o dia em que se armou para matar o ministro Gilmar Mendes, dentro do Supremo Tribunal Federal.