Como se fossem um simulacro da disputa imposta a partir da presidência do PSB da Paraíba entre o ex-governador Ricardo Coutinho e o governador João Azevedo, os deputados Adriano Galdino e Gervásio Maia protagonizam numa reprodução curiosa o sricpt da briga entre antecessor e sucessor, neste caso, da presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Com uma pitada de beligerância a mais. Antes de assumir, Galdino já não se bicava com Gervásio. Figuram rusgas da troca de comando no passado, quando ambos “dividiram” o mandato de quatro anos. E, este ano, no processo de escolha de presidente, Gervásio não esteve entre os que trabalharam a favor da eleição do atual presidente.
Com a deflagração da confusão interna no PSB, a partir da destituição de Edvaldo Rosas, atual secretário de João Azevedo, da presidência estadual da legenda, Galdino e Gervásio encontraram terreno fértil para o confronto.
Com provocações iniciadas por Galdino, conhecido por ter uma língua exposta em vitrine, sem conseguir esconder muitos o que pensa ou sente, ele já declarou que Gervásio foi o pivô do racha e agora reforça críticas da gestão do socialista à frente da presidência da Assembleia, em especial na reforma do prédio da Casa de Epitácio Pessoa. Galdino anunciou ontem que quer construir um novo prédio porque o que existe hoje, completamente novo e renovado, não presta. Curiosamente, uma bela simbologia para a Torre de Babel que o PSB se tornou.
Gervásio, embora mais comedido, não tem deixado nada sem resposta.
Independentemente de quem está com a razão, o fato é que a briga expõem a pluralidade beligerante que reina hoje no PSB.
É óbvio que, além de outros problemas no presente, dificultará, para não dizer impedirá, um necessário processo de definição de candidaturas e forças para as eleições de 2020.
É preciso ser mais que poliglota para fazer-se entender em meio a tantas línguas diferentes.