Além de terem sido eleitos em 2018 e estarem há nove meses em seus primeiros mandatos no Executivo, o governador João Azevedo e o presidente Jair Bolsonaro já podem contabilizar outra coisa em comum. O desentendimento com as legendas pelas quais foram eleitos. Assim como João no PSB, o presidente iniciou uma rota de colisão com o PSL e, igualmente ao governador paraibano, gerou especulações sobre deixar o partido.
No caso de Bolsonaro, que também recebeu algumas hostilidades por parte de filiados do PSL, o motivo foi uma cena gravada nesta terça, em Brasília, na qual o presidente aparece dizendo a um apoiador que esquece o PSL e que Bivar (Luciano, deputado federal e presidente nacional do PSL) estaria queimado (em razão de denúncias de laranjas do PSL em Pernambuco).
A cena foi gravada e logo chegou ao conhecimento de lideranças da legenda, que repudiaram a atitude do presidente. E alguns chegaram a lembrar do “caso Queiroz” para apontar que denúncias de corrupção não são privilégio de Bivar e ameaçaram romper acordos do partido em São Paulo e no Rio de Janeiro. Com tudo isso, a imprensa nacional passou a especular a saída do presidente do PSL.
Impressiona como a dinâmica da política é igual, mudando somente o tamanho das representações e os nomes dos personagens.
VEJA A IMAGEM QUE GEROU CRISE MAIS RECENTE ENTRE BOLSONARO E PSL