A cena política paraibana ganhou um novo ingrediente de tensão após a recente declaração do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, a respeito da sucessão na presidência da Casa. A declaração de que os dois próximos biênios são do Republicanos acabou provocando desconforto em uma das principais federações partidárias do Estado, a Solidariedade/PRD.
O deputado Eduardo Carneiro, que comanda a federação Solidariedade/PRD na Paraíba e é hoje um dos que constrói internamente candidatura para presidência da Assembleia, recebeu ligações de “solidariedade”, e teria respondido cada uma delas sinalizando pela dificuldade de sustentar a defesa da tese de apoio a Nabor Wanderley ao Senado Federal.
É que na última reunião da federação, por unanimidade, já havia sido firmado apoio para Lucas Governador e João Senador. Mas houve resistência interna ao defender o nome do prefeito de Patos, do Republicanos para o Senado, levando a decisão para 2026.
A fala de Adriano caiu como uma bomba num acordo que já estava longe de ser pacífico. E acende a luz vermelha para aliados de Nabor, que agora veem o risco real de perder o apoio.
A fala de Galdino foi dada numa entrevista na qual o presidente da Assembleia declarou que o acordo para a sucessão na Casa em favor do Republicanos foi fechado na reunião com a presença de todas as lideranças governistas.
Enquanto isso, fora da base do governo, um personagem observa tudo em silêncio, esperando ficar com os reflexos desta confusão. O senador Veneziano Vital do Rêgo, que busca recompor espaços e apoios estratégicos, pode ser o principal beneficiado. Caso o impasse se prolongue, Vené pode herdar bases importantes em diversas prefeituras — e até na capital, onde o grupo é representado pelo mandato do vereador Fábio Carneiro.
Política é pura física. Ação e reação andam juntas.