Seja lá o que for fazer, ou quem for escolher, o prefeito Luciano Cartaxo (PV)
deveria levar em consideração a questão do tempo de viabilidade do seu candidato ou candidata.
Com o adiamento das eleições para 15 de novembro, prefeitos que tentarão a reeleição e os
que vão querer eleger sucessor chegará no processo tendo diante de si pouquíssimo – ou quase nada –
tempo de gestão. O que significa dizer que já serão consideradas cartas fora do baralho desde que
estejam bem nas pesquisas, ou seja, que gerem real perspectivas de poder.
No caso de João Pessoa, de nada adiantará a gestão municipal ser aprovada se o escolhido ou a escolhida
não apresentar em setembro, ao menos, uma boa sinalização de competitividade, de perspectiva de poder.
É isso que irá ajudar na composição das alianças, cujos sinais de hoje apontam que Cartaxo não
conseguirá repetir o mesmo volume de partidos aliados com o qual foi reeleito e governou estes
últimos anos.
Mas ao manter a indefinição sobre quatro nomes, isso mesmo QUATRO, o PV dificulta a ascensão, necessária,
de apenas um no processo. A fim de que, em setembro, o escolhido ou escolhida possa estar em condições
mínimas de atração. Seja de apoio político. Seja de eleitores diretamente.
Ora, cada um das quatro opções – Daniela Bandeira, Diego Tavares, Edilma Freire e Socorro Gadelha –
carrega consigo um peso nas costas dos outros três.
Muito difícil para cada um deles se viabilizar porque na prática cada um deles só pode andar até
um quarto daquilo que poderiam.
Se a gestão não escolhe seu candidato por que o eleitor tem que escolher por ela?
Essa é a indagação que se passa, inconscientemente, na cabeça do eleitor.
Portanto, por mais frieza e calculismo que se adote, para pensar com calma na melhor estratégia
, leia-se, na melhor escolha, é importante que ela seja feita um pouco mais cedo.
Esticar demais essa corda poderá tirar tempo importante de viabilização.