A polarização nacional é a única coisa que os candidatos na PB tem a oferecer?

Levando em conta a postura dos candidatos na Paraíba, pode-se atestar sem discussão que a polarização da disputa presidencial resumida na versão Lula / Bolsonaro é o que vai conduzir toda a campanha eleitoral no estado.

Nem sabemos ao certo se o eleitor pensa assim e se essa influência terá realmente papel predominante.  Mas por eles, os políticos, parece não haver dúvidas.

Mais do que isso. Por ora, pode-se dizer, também sem questionamentos, que a única oferta que os postulantes paraibanos tem apresentado ao eleitorado é quem terá mais atenção de Lula ou de Bolsonaro. Basta ver a disputa, quase que juvenil, entre a atenção do ex-presidente petista ou do atual presidente. Um clamor por um sorriso, um aceno, um foto, ou vídeo. Parece paquera de adolescente. Uma correria para ver o líder nacional citar um nome, sorrir para um foto, ou curtir uma postagem no Instagram.

Discussão real sobre a Paraíba muito pouco ou quase nada.

No caso de Lula, a disputa se acirra entre o senador Veneziano Vital do Rego, do MDB, e o governador João Azevedo.

O primeiro aposta na pressão feita pelos aliados petista, em especial o ex-governador Ricardo Coutinho, e ainda aliança nacional MDB e PT para reproduzi-la na Paraíba, tendo apoio de Lula.

O problema é que João Azevedo já conseguiu esta alinça em nível nacional. O PSB, ao qual recentemente se filiou, voltando à legenda que o elegeu em 2018, também recepcionou recentemente o ex-governador Geraldo Alckimin, tendo-o como candidato a vice-presidente na chapa petista. Isso empurra o PT e João de uma forma objetiva para um palanque que incomoda os exclusivistas.

Com base nisso, a tropa de ambos passaram a semana numa guerra onde fotografias e vídeos são bombas e mísseis lançados um contra o outro. Lula apareceu com foto fazendo V e L com Veneziano. João respondeu com imagens e encontro com o petista num evento do PSB. O que gerou cobranças em São Paulo., E Veneziano revidou conseguindo um vídeo de Lula reafirmando que quer tê-lo como candidato ao governo.

Do lado de Bolsonaro, além do viés de traduzir a campanha entre a direita contra a esquerda que vota em Lula, a disputa está pelo candidato ao Senado, já que Nilvan Ferreira, do PL, não tem concorrente na base do presidente na luta pelo cargo de governador.

Pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto, filho do deputado federal Wellington Roberto, principal nome de Bolsonaro na Paraíba, partiu na frente e conseguiu vídeo do presidente Também desejando uma cadeira de senador, o pastor Sérgio Queiroz, que já exerceu cargos no governo federal na gestão do Capitão, corre por fora. Defende como poucos a gestão de Bolsonaro na Paraíba e desfruta do voto de bolsonaristas que vêem nele representação mais adequada ao presidente. Recentemente, o deputado federal Efraim Filho (União Brasil) também entrou neste páreo. Ele anunciou visita de Bolsonaro à Paraíba. E, agora, longe de João Azevedo, está mais à vontade para defender o presidente no estado. Pré-candidato ao Senado, também vai querer a sua foto com o capitão.

A grande questão que todos eles precisam descobrir é até que ponto é vantajoso colocar todas as fichas na eleição presidencial, procurando reproduzir a eleição nacional, que tende a ser uma das mais acirradas da história do Brasil.

Isso os limita ou não? “Tentar” ficar de fora dela enquanto a maioria está dentro prejudica ou não?

O pior de tudo é descobrir que essa a opção pela reprodução da eleição nacional é para esconder a mediocridade de disputa local.

 

 

Respostas de 3

  1. É meu caro, alem de tudo a galera da geral que nao ganha polpudos salários fica vendo a nutela no cafeafo em supermercados. A mediocridade ou melhor a esperteza deles politicos nos faz levar cada vez menis comida pra casa

  2. O rescaldo da pandemia ai nao se ve uma acao objetiva afim de aplacar o sofrimento dos mais vulneráveis. Com todo respeito acho que voces da imprensa poderiam ser mais incisivos nessa cobranca se nao fica parecendo quem nao e chapa branca e chapa preta

  3. Vejo o sorriso refeito provavelmente de porcelana dos que nadam em dinheiro de que rirm da miseria da falta de emprego da falra de dignidade dos mais humildes porque nao se faz um estoque regulador para frear os aproveitadores triste constatar que nao ha esperança

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