Não há como não avaliar o desempenho das gestões medindo ano a ano. O recorte anual ajuda a ter mais clareza sobre o ritmo e o resultado das ações implementadas.
O ano de 2019 foi um teste difícil para o primeiro ano das gestões de João Azevedo e de Jair Bolsonaro. Operações, crises políticas, desfiliações das legendas pelas quais foram eleitos. Algumas vitórias sim. No caso de Jair, a aprovação da Reforma da Previdência foi a principal delas. No caso de João, a capacidade que ele teve de não desarrumar o equilíbrio fiscal do Estado, pagando o funcionalismo em dia, mantendo continuidade de obras, cumprindo compromissos prometidos durante a campanha e anunciando algumas poucas novas ações, apesar de ter feito concessões financeiras que não estavam na pauta anterior da administração estadual.
Porém, para 2020, será preciso mostrar mais. Tanto o presidente no campo das respostas econômicas, redução do desemprego e garantia real do retorno à confiança do investidor. Quanto João na questão de fazer o Governo do Estado avançar de patamar, imprimindo sua marca e identidade. Por exemplo, não adianta apenas ter tomado a prudente e correta decisão de romper por completo e em definitivo a relações com as Organizações Socais. É preciso fazer os hospitais, agora de volta à gerência direta da Secretaria de Saúde, funcionarem a contento.
Se o governo do Estado não sair do quadrado, do básico, na questão de investimentos, João terá dificuldades para estabelecer um marco entre o seu governo e o do antecessor. Seria a hora de um “acelera Paraíba”, imprimindo um ritmo diferenciado a obras e ações que gerassem um clima de retorno da euforia. E a hora para pisar no acelerador é agora.