A nota divulgada nesta segunda pela Comissão Provisória do PSB, encabeçada pelo ex-governador Ricardo Coutinho, tem vários significados. Mas uma frase, diante das dezenas existentes, traz o recado mais revelador por parte do “novo” PSB.
Depois de discorrer sobre um cenário de baixa produtividade partidário em desconexão com o tamanho da representatividade política da legenda, e ainda de apontar que tal dimensão representativa é fruto da aprovação da gestão do PSB ao longos dos últimos anos, a nota crava: “Seguiremos juntos com o Governo que elegemos”.
Exclua todo o resto. Essa é a frase que aponta o caminho da ala conduzida pelo ex-governador Ricardo Coutinho. Ou seja, diante de tantas ou de algumas movimentações individuais, a posição do “novo” PSB é de não abrir mão do governo. A frase pode ser lida ao contrário também e terá o mesmo efeito: o governo que deixe o PSB.
Perceba que a nota, divulgada no dia em que foram expostos os nomes daqueles que assinaram renúncia coletiva para destituir Edvaldo Rosas da presidência estadual da legenda, e sobre os quais se levantou todo tipo de suspeição a respeito da legitimidade de suas assianturas, não traz uma linha sequer de contestação das alegações levantadas.
Ela mira recados para movimentações individuais de socialistas que tem acentuado defeitos da relação interna revelando impossibilidade de reconciliação. Ou seja, evita tocar num tema delicado, de confronto mais direto.
Até porque o recado mais importante parece ter se resumido no “seguiremos juntos com o Governo que ajudamos a eleger”.